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Vigilância Epidemiológica da Raiva na Paraíba e Pernambuco: Capacitação de Profissionais da saúde e Monitoramento de abrigos urbanos de morcegos.

As diferentes espécies de morcegos ocupam diferentes tipos de abrigos, passando neles mais da metade de suas vidas, são recursos chave para esses animais, aparecendo como uma das principais pressões de seleção ambiental. O hábito de se abrigar, atrelado à disponibilidade de abrigos específicos, pode influenciar a distribuição local e global das espécies, bem como os mais variados aspectos de sua biologia e ecologia. Dentre a variada gama de abrigos que esses animais podem utilizar, podemos citar: folhagem, ocos e cascas de árvores, fendas de rocha, buracos no solo, ninhos de pássaros, cavernas e construções humanas. Morcegos provavelmente formam o grupo mais diverso de mamíferos que se adaptam a áreas urbanas e a maioria dos estudos no Brasil sobre morcegos em ambientes urbanos vêm das regiões Sul e Sudeste. Os estudos que se concentram nas áreas urbanas, a maioria deles relatam uma diminuição geral do número de espécies e da abundância relativa de morcegos em áreas antropizadas em comparação com áreas florestadas. Um aspecto importante da presença de morcegos nas paisagens urbanas é o seu potencial para se tornar um problema de saúde pública, uma vez que estão sendo cada vez mais reconhecidos como hospedeiros reservatórios de agentes etiológicos causadores de doenças zoonóticas (por exemplo, o SARS Coronavirus, Henipavirus, Vírus Ebola, protozoários Trypanosomatidae, Hantavírus e o vírus causador da raiva). A análise dos padrões de proximidade humano-morcego, em escala local (Município) ou escalas mais amplas (Estado) é uma chave para estruturar decisões, otimizando o processo de vigilância epidemiológica em áreas urbanas. Nesse sentido, o nosso projeto tem como principal objetivo a) capacitar os profissionais ligados à Secretaria da Saúde dos Estados da Paraíba e Pernambuco, a fim de incentivar o surgimento de uma rede colaborativa de monitoramento de morcegos nas áreas urbanas do Estado e b) Colocar em amplo funcionamento um sistema de notificação automatizado capaz de registrar denúncias feitas pela população das áreas contempladas pelo estudo. Desta forma será possível Investigar a quiropterofauna sinantrópica no estado da Paraíba, avaliando a diversidade, a ecologia e os aspectos epidemiológicos das espécies, com foco no Lyssavirus (vírus causador da Raiva).

Coordenação:PEDRO JOSE DE SOUZA BIAS                     E-mail:pedrobias.bioterioufpb@gmail.com

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