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Capacitação e construção de Biodigestor como forma de gestão de corpos hídricos

A grande maioria dos rios está eutrofizada devido à entrada de nutrientes em excesso, que entra por escorrência superficial tanto por esgotos (águas servidas e fossas não impermeabilizadas) como por resíduos da criação de animais ou por percolação para o lençol freático. Dessa forma, os rios, principalmente os urbanos estão altamente eutrofizados, o que se verifica na elevada turbidez das águas, assim como a grande quantidade de plantas aquáticas, que tomam toda a superfície da água. Quando as plantas aquáticas fecham toda a superfície dos rios isso é muito danoso, porque impede a penetração de luz, aumenta mais ainda a quantidade de nutrientes, acelerando a taxa de degradação do rio, aumentando compostos tóxicos na água, diminuindo o oxigênio dissolvido e promovendo maus odores. Tudo isso impede a permanência de uma grande quantidade de espécies, principalmente as aeróbias, como por exemplo os peixes. Dessa forma, dois processos são essenciais, primeiro diminuir a entrada de nutrientes nos rios, e segundo retirar o excesso de plantas aquáticas (macrófitas) da água. Dessa forma, a proposta deste projeto é complementar um projeto de extensão que foi aprovado, no sentido de construir fossas ecológicas nas residências ribeirinhas e complementá-lo com a capacitação e instalação de biodigestores caseiros, que usarão a biomassa das plantas aquáticas dos rios para a produção de biofertilizante e biogás (metano) que poderá ser usado nas cozinhas das comunidades. Este projeto inicial visa capacitar através de oficinas e construir um biodigestor na comunidade S. Rafael, em João Pessoa, na padaria escola comunitária. Dessa forma, a comunidade terá interesse em fazer o manejo de macrófitas, retirando o excesso do rio, aproveitando-as para a economia da padaria, e ao mesmo tempo beneficiando o Rio Jaguaribe. Em paralelo, uma suinocultura disponibilizará também seus resíduos para a produção do gás. Ao mesmo tempo pretendemos que de uma forma prática haja o aumento da conscientização dessas pessoas para as questões ambientais, para que possam empoderar-se do conhecimento de que podem agir em prol da sustentabilidade e que por si só podem melhorar a qualidade de água do rio. O projeto irá ainda incentivar os residentes a construírem biodigestores caseiros. Este projeto atende 5 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos para 2030 e faz parte de um projeto internacional PRINT UFPB inovação em materiais, produtos e processos para a conservação e desenvolvimento sustentável financiado pela CAPES com protocolo número 88887.312083/2018-00
Os rios são ambientes que são muito afetados pelas ações humanas, principalmente pela falta de tratamento adequado de esgotos e resíduos animais que chegam aos rios. Isso torna-os eutrofizados, com excesso de nutrientes, o que leva à degradação da qualidade de água, diminuindo a oxigenação e levando à mortalidade de peixes e ausência de muitas espécies. Isso diminui a biodiversidade e causa maus odores, diminui a oferta dos serviços ecossistêmicos que esses ambientes poderiam estar fornecendo, o que diminui a qualidade de vida das pessoas que vivem no seu entorno. Ao mesmo tempo, rios poluídos produzem uma grande quantidade de plantas aquáticas, o que contribui para a degradação mais rápida dos rios. Estas plantas são prejudiciais e devem ser retiradas para que não fechem toda a superfície da água. Por outro lado uma dissertação de mestrado do Prodema de Sérgio Mello demostrou a possibilidade de uso dessas plantas como biomassa para biodigestores, produzindo-se a partir disso, biofertilizante e metano, que pode ser usado como gás de cozinha. Devido à poluição aquática, muitos serviços ecossistêmicos são perdidos, como a pesca e a oferta de água para múltiplos usos. Assim, ações que levem à melhoria da qualidade de água em rios urbanos, em que tantas pessoas convivem no seu entorno faz-se necessário, principalmente com ações que para além de melhorar a qualidade ambiental, melhorem também a qualidade de vida das pessoas, financeiramente por oferecer um recurso que teria de ser comprado, como o gás de cozinha. Dessa forma, entende-se que a presença de plantas em grande quantidade nos rios urbanos, incluindo o Rio Jaguaribe ocorre devido à falta de motivação de seu uso, ou seja, se as plantas não servem para nada, as pessoas não as retiram, e com isso elas geram um grande problema ambiental. Na medida em que as pessoas, principalmente as ribeirinhas, possam utilizar essas plantas em benefício próprio, elas mesmas terão interesse em tirar essas plantas e farão o manejo necessário para melhorar a qualidade ambiental e consequentemente a sua qualidade de vida. Este projeto atende os seguintes objetivos do Desenvolvimento sustentável da Agenda 2030: 1 - Erradicação da Pobreza, ao contribuir com a produção domiciliar de gás de cozinha; 3 - Saúde e Bem-Estar, ao contribuir com a menor entrada de nutrientes no Rio Jaguaribe, logo melhorando a qualidade de água, diminui o mau cheiro desta; 7 - Energia Acessível e Limpa, quando produz gás de cozinha reciclável e doméstico; 11- Cidades e Comunidades Sustentáveis, quando reusa resíduos e produz gás de cozinha e ajuda a despoluir o Rio Jaguaribe; 14 - Vida na Água, quando contribui com a despoluição do Rio Jaguaribe contribui com a manutenção da vida na água.

Coordenação:MARIA CRISTINA BASILIO CRISPIM DA SILVA  E-mail:ccrispim@hotmail.com

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