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Saúde Ambiental na Escola - Décima Edição

Nossa sociedade vive a preocupação com o meio ambiente e com a saúde pública, por que a cada dia que passa temos visto que nosso planeta está ameaçado pela poluição, e o agravante é que, nós, seres humanos, somos os responsáveis por esse grande mal. O homem, de forma inconsequente, tem provocado diariamente a destruição de seu habitat natural, o que tem colocado em risco a sua própria existência nesse planeta. Assim, o presente projeto “Saúde Ambiental na Escola”, tem sua execução na cidade de João Pessoa no estado da Paraíba pela UFPB Campus I, através do Departamento de Biologia Molecular, em parceria com a Escola Padre Roma no bairro do Altiplano juntamente com a iniciativa privada de parceiros profissionais liberais da área da saúde e meio ambiente, além do Tribunal de Justiça à frente da Gerência de Qualidade de Vida, que colaboram para o sucesso desse trabalho. Como metodologia estratégica sob o ponto de vista de Paulo Freire com foco na formação dos estudantes para edificação de futuros cidadãos atuantes e comprometidos na busca de soluções viáveis para os problemas ambientais de nossa cidade e região, o projeto pretende dar continuidade aos trabalhos em constante renovação para a montagem da personalidade profissional desde a tenra idade na Escola que servirá de espelho para educação adulta do jovem estudante daquela comunidade.

Justificativa:
Muitas experiências têm demonstrado que a Escola tem papel primordial na difusão do conhecimento de base entre os alunos, as suas famílias e os seus mestres. Isto, sem se limitar a fornecer somente informações, mas construindo uma verdadeira consciência da importância do dueto saúde/meio ambiente e do seu valor social. Já foi validado por diversas experiências em inúmeras localidades do Brasil que a Saúde Ambiental desenvolvida na Escola é um adequado instrumento para se desenvolver um processo ativo e contínuo onde se deseja promover mudanças de hábitos. Tendo em vista a proposta de Saúde Ambiental na Escola como projeto de Extensão da UFPB, alguns professores se uniram no empenho conjunto de informar os alunos da Escola Estadual Padre Roma como ponto de partida na cidade de João Pessoa sobre as descobertas na área da Saúde e Ecologia, desde o hábito mais simples ao mais elaborado, tendo como alvo não somente os alunos, mas, suas famílias e vizinhos, bem como, a comunidade no entorno da Escola.

Metodologia:
PRIMEIRA ETAPA Inicialmente, será apresentado brevemente o projeto e um resumo das etapas previstas que estão detalhadas nos tópicos seguintes. Com essa apresentação inicial e resumida das ações a serem desenvolvidas, cada parceiro desse Projeto saberá exatamente como e quando contribuir. Destacamos que cada uma dessas etapas propostas estará ocorrendo de acordo com o “Cronograma do Projeto” que se encontra mais adiante nessa proposta. Em seguida será realizado um diagnóstico com objetivo de verificar as reais necessidades relacionadas ao tema proposto. Para isso serão feitas entrevistas não somente com os alunos, mas com os pais dos alunos, professores, população local e moradores da região no entorno da Escola. No segundo momento serão traçadas novas metodologias de abordagem do tema do projeto onde as atividades serão iniciadas adequando à demanda local. Primeiro Momento: Divulgação A primeira etapa a ser cumprida se refere à sensibilização da maioria do público envolvido. Assim, a equipe organizadora do Projeto entrará em contato com todos os gestores, professores e funcionários da Escola onde serão desenvolvidos os trabalhos. Posteriormente, os professores sensibilizarão os alunos e a comunidade em geral que vem à Escola, principalmente, nas reuniões de pais e em eventos especiais ao longo do ano. Dessa forma, propõe-se que seja elaborados convites para DIVULGAÇÃO E INSCRIÇÃO DOS INTERESSADOS apresentando o projeto “Saúde Ambiental na Escola” para cada um dos funcionários e para que cada aluno leve também para sua casa. Além disso, nas reuniões dos “Conselhos de Classe” serão repassadas informações sobre os trabalhos do Projeto que serão executados na Escola da Rede de Ensino do Município. Segundo Momento: Diagnóstico Dando prosseguimento, haverá a APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS A FIM DE IDENTIFICAR O PERFIL DOS PARTICIPANTES. SEGUNDA ETAPA Após a divulgação do projeto e o diagnóstico do público a que o projeto vai servir, haverá o início da segunda etapa do Projeto que se dará com as ações propriamente ditas, ações estas que contarão com uma gama diversificada de atividades desenvolvidas em classe e, também, nas atividades agendadas para fora da Escola, com a participação dos parceiros envolvidos. Por fim, haverá análise dos resultados obtidos, onde relatórios serão assim produzidos e novos diagnósticos serão dados a partir de dados resultantes do que foi observado das atividades e por intermédio dos questionários aplicados ao público do projeto ao final das palestras ministradas e oficinas realizadas pelos membros da equipe de execução do projeto. É importante salientar que a equipe do projeto, bem como o coordenador de todas as atividades deste, estarão em constante avaliação e auto avaliação para o bom andamento do mesmo com divulgação de resultados obtidos e discussão de melhoras com vistas ao bom andamento do aprendizado geral. Logo a seguir, cada uma dessas ações será apresentada com detalhes. PROBLEMATIZAÇÃO/ SENSIBILIZAÇÃO O processo de sensibilização dos parceiros (alunos, professores e funcionários da Escola) será realizado com a função de despertar o interesse destes, visando fomentar as ações de mobilização que possam contribuir para a aceitação e envolvimento das ações propostas. Essa sensibilização se dará com a atuação direta da equipe organizadora do Projeto, que organizarão reuniões para apresentar e discutir a importância da realização do presente “Projeto Saúde Ambiental na Escola” com todos os parceiros. Assim, após o despertar de todos os parceiros, os professores organizarão a agenda de atividades práticas e teóricas de acordo como o currículo Escolar. AÇÕES PROPOSTAS (Observância ao PPC) Deve estar claro para todos que tais ações do Projeto têm caráter transversal e interdisciplinar, conforme define os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o que faz necessário a utilização de mecanismos, métodos e técnicas que gerem a participação ativa dos atores envolvidos, valorizando a ação pedagógica e a abordagem de temas voltados para a realização de problemas vivenciados pela comunidade. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) possuem uma grande relevância para o ensino da EA como uma transversalidade para desenvolver atividades que questionam o uso de recursos não renováveis, demostrar o problema ambiental como sendo um problema humano, incentivar a pesquisa na área ambiental, atentar para as unidades de conservação, faz referências a eventos internacionais que abordam questões ambientais, estimula a sustentabilidade, problematiza pontos de divergência relativos às concepções sobre a relação homem-natureza e políticas ambientais. Os PCN’s explicitam que a questão ambiental deve ser trabalhada de forma contínua, sistemática, abrangente e integrada e não como áreas ou disciplinas. Isso se explica pelo fato de que o estudo do tema Meio Ambiente remete à necessidade de se recorrer a conhecimentos relativos a diversas áreas do saber (BRASIL, 1998). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu artigo 52 inciso I, caracteriza as Universidades como Instituições pluridisciplinares que formam profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano mediante produção intelectual institucionalizada e o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes. O ambiente escolar é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, oferecendo alternativas que estimulem os alunos a terem concepções e posturas cidadãs; estes, assim, são informados de suas responsabilidades e reconhecem-se integrantes do meio ambiente. A educação formal é um espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com a sustentabilidade ecológica e social (LIMA, 2004). Considerando toda essa importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992). Sabemos o quanto que é difícil abordar a EA em ambiente escolar, devemos demonstrar sua importância para o meio ambiente, é necessário que tenham consciência de que podem ser agentes transformadores e que podem mudar a realidade ao seu redor. Conforme Berna (2004, p.30): O educador ambiental deve procurar colocar os alunos em situações que sejam formadoras, como por exemplo, diante de uma agressão ambiental ou conservação ambiental, apresentando os meios de compreensão do meio ambiente. Em termos ambientais isso não constitui dificuldade, uma vez que o meio ambiente está em toda a nossa volta. Dissociada dessa realidade, a educação ambiental não teria razão de ser. Entretanto, mais importante que dominar informações sobre um rio ou ecossistema da região é usar o meio ambiente local como motivador. Percebe-se então que o Projeto `Saúde Ambiental na Escola` atende o requisito da relação Ensino/Extensão, fazendo conexão com o Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas, utilizando professores e alunos para pesquisar e aprenderem juntos o tema, contribuindo para o interesse de uma melhor qualidade de vida da população de João Pessoa na Paraíba que está no entorno daquela escola. No quesito Pesquisa/Extensão, o Projeto “Saúde Ambiental na Escola” visa a contribuir com publicações na área da Saúde Pública visto tratar de temas de interesse da Saúde Pública de maneira geral, bem como Saúde da Criança e Saúde da Mulher juntamente com a temática premente do Meio Ambiente. Com a preocupação de trazer para o saber humano a transformação de sua realidade na comunidade em que vive e de sua funcionalidade econômica e social, esse projeto também intenciona ensinar sobre melhorias de qualidade de vida para toda comunidade e aumento de expectativa de vida infantil e adulta. Há uma gama enorme de possibilidades que podem ser trabalhadas com foco no processo educativo de sensibilização ambiental, através da realização de atividades, tais como (1) palestras, (2) oficinas, (3) gincana escolar versando sobre tema da água e resíduos sólidos (lixo), (4) visitas técnicas a equipamentos de saneamento, mananciais ou cursos d’água de relevância da cidade, (5) caminhadas e corridas ecológicas, (6) mutirão de sensibilização e prevenção de doenças de veiculação hídrica, (7) apresentações artístico-culturais de caráter lúdico, e (8) blitz educativa com distribuição de materialinformativo (folder, cartazes, adesivos, cartilhas, etc.). Essas ações serão executadas pelos professores e equipe de funcionários da Escola que contarão com a ajuda de diversos convidados das entidades parceiras. É importante destacar que cada professor deve trabalhar antecipadamente cada um dos temas agendados previamente através de atividades em classe. O professor pode abordar os temas de natureza essencialmente higiênica, tanto física quanto mental, e que os riscos de contrair doenças. Dentro de assuntos ligados a higiene pessoal e os cuidados com a saúde, o professor poderá abordar (1) transmissão de doenças específicas por meio da água e zoonoses, (2) tabagismo, álcool e outras drogas, (3) os cuidados com os dentes, (4) necessidade de se lavar as mãos antes das refeições, (5) importância do banho (6) o valor da vacinação, (7) importância do exame pré-nupcial, (8) uso incorreto de remédios, (9) inadequada atividade física e mental, etc. Vale destacar que é função da Educação Sanitária indicar modelos de estilos de vida que sejam coerentes com a conservação da saúde. O professor poderá abordar de diferentes maneiras os problemas ambientais vividos pela comunidade local, tais como; (1) problemas resultantes do uso, distribuição e preservação da água, (2) os impactosnegativos dos esgotos não tratados, (3) os efeitos negativos que levam a proliferação de vetores e doenças, no caso do acúmulo de lixo em terrenos baldios ou na obstrução de galerias de drenagem deáguas pluviais, (4) gestão dos resíduos sólidos (lixo), (5) contaminação das águas através de nitratos e nitritos originários de fossas de dejetos humanos, (6) contaminação das águas por cemitérios, (7)acidentes ecológicos resultantes de vazamento de petróleo ou substâncias químicas que contaminam o solo, os mares e os mananciais de água, e (8) política tarifária dos serviços de saneamento básico. Neste contexto, a presente proposta tem um foco voltado para a gestão pública do saneamento básico, de maneira que o processo pedagógico deve ser pautado no ensino contextualizado, abordando o tema da questão da distribuição, uso e aproveitamento racional dos recursos hídricos, a coleta, tratamento, destino final dos esgotos e a possibilidade de reuso de água, além da coleta, destinação adequada, tratamento, redução do consumo, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos domésticos (PINHEIRO et al., 2017). Por isso, recomendamos que a equipe pedagógica e à direção da Escola envolvida no presente projeto realize aula de campo e passeios ecológicos no bairro onde está inserida a Escola. Por exemplo, podem fazer um passeio identificando os problemas ambientais e sanitários do bairro e aulas práticas de conteúdo ambiental e sanitário ao ar livre nas praças e parques da cidade, com a participação de professores inclusive com apoio de profissionais da área de psicologia e enfermagem para auxiliar no processo de aprendizagem conjunta dos parâmetros de Saúde e Meio Ambiente. Também podem ser realizadas visitas técnicas e aula de campo em diferentes lugares, como por exemplo: (1) Aterro Sanitário, (2) Sede da Associação dos Catadores de Lixo do Município, (3) Estação de Tratamento de Água – ETA, (4) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, (5) Horto Florestal, (6)empresa de “Água Mineral” do município, e (7) visita para presenciar o combate às ligações clandestinas de esgotos, com acompanhamento da equipe da Companhia Estadual de Saneamento (CES), etc. Na visita à Estação de Tratamento de Água – ETA, os alunos poderão conhecer e vivenciar a partir do funcionamento da ETA, noções básicas sobre a importância da água potável e de boa qualidade na saúdedo ser humano, conhecimento prático sobre o uso dos componentes químicos utilizados nos processos de determinação da potabilidade e qualidade da água, fornecidos a população. Além disso, a Escola poderá promover “Feiras de Arte e Ciências”, inclusive com a realização de gincanas e apresentações artístico-culturais de caráter lúdico com temas ambientais e da saúde humana. 7. Público Alunos, Professores, Funcionários, Contínuos, e pessoas da comunidade, como líderes comunitários e pessoas comuns que entram em articulação com o projeto desde 2009 até os dias atuais atendendo às demandas provenientes a sociedade através de entrevistas individuais e em grupo. Com ênfase na promoção da saúde e qualidade de vida, os objetivos e metas desse projeto estão atreladas a formação de pessoas mais capazes de lidar com o tema da Saúde Ambiental e melhoria de condições de vida das pessoas da comunidade. O projeto busca colocar os profissionais da Universidade em contato direto com a comunidade seguindo o preceito Freireano, fazendo valer o princípio da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão causando impacto e transformação em sua plenitude e colaborando para o crescimento do aprendizado na escola.O projeto vem a corroborar com a pesquisa e extensão previsto no Projeto Didático-pedagógico do curso de Ciências Biológicas da UFPB, uma vez que o ensino, prática utilizada nas palestras de maneirainformativa, vem a formar o tripé sob o qual as resoluções da Educação estão fincados. Uma vez que serão produzidas cartilhas sobre Saúde Ambiental, vê-se o caráter producente, pois daí sairá possível artigo em revista e publicações em anais de congresso e seminários sobre os dois temas. O presente projeto nasce em cumprimento ao preceito da indissociabilidade extensão, ensino e pesquisa, caracterizada pela integração da ação desenvolvida à formação técnica e cidadã do estudante e pela produção e difusão de novos conhecimentos e novas metodologias, de modo a configurar a natureza extensionista da proposta, ao mesmo tempo em que contempla interdisciplinaridade, caracterizada pela interação de modelos e conceitos complementares, de material analítico e de metodologias, oriundos das várias disciplinas e áreas do conhecimento, buscando consistência teórica e operacional que estruture o trabalho dos atores do processo de intervenção da extensão na realidade social. Essa interação complementar abrange a interinstitucionalidade, a interprofissionalidade, a interpessoalidade, campos de alianças e de conflitos. Esse modelo de trabalho traz o impacto na formação do estudante –técnico-científica, pessoal e social, baseado na existência de projeto didático-pedagógico do curso (PPC). A proposta do trabalho traz aos professores uma reciclagem oportuna visto que colabora com o aumento do conhecimento temático e aos alunos, oferece uma oportunidade de ter a Universidade aproximada demaneira a incentivá-los a alçar novos horizontes. O presente trabalho conta com três professores da UFPB sendo a coordenadora do projeto lotada no Departamento de Biologia Molecular, um professor do Departamento de Fisiologia e patologia euma professora do Departamento de Farmácia. Aindaconta com dois médicos como colaboradores externos e uma professora de ensino médio. Há alunos bolsistas e voluntários que se engajam no projeto no decorrer da ação.

Objetivos Gerais: 
Enriquecer o currículo escolar explorando temas transversais relacionados a Saúde e Meio Ambiente

Resultados Esperados
Realizar oficinas interativas com apresentações televisivas sobre noções básicas de cuidados pessoais e ministrar palestras educação sanitária doméstica para alunos, professores, funcionários, pais de alunos e comunidade em geral; - Capacitar professores a uma ação mais adequada às necessidades das crianças; - Promover hábitos e posturas voltadas para a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida docidadão; - Repassar conhecimentos sobre o uso racional da água e a gestão dos resíduos sólidos domésticos (lixo),sensibilizando para a redução, reutilização e reciclagem; - Estabelecer diversas parcerias com entidades e órgãos públicos para ampliar os trabalhos e projetos desenvolvidos na Escola; - Elaborar uma cartilha sobre Educação Ambiental e Saúde abordando melhorias na qualidade de vida da população local. - Promover oficinas sobre Saúde bucal para crianças e funcionários da Escola.

Coordenação:MICHELINE DE AZEVEDO LIMAE-mail:michelinealima@hotmail.com

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