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Saneamento Básico Ecológico como forma de diminuir impactos aos corpos hídricos e lençol freático

A maioria dos lençóis freáticos superficiais localizados em áreas urbanizadas está contaminado por coliformes fecais. Essa contaminação é advinda da presença de fossas nas residências localizadas perto desses poços. Uma das formas de conseguir diminuir essa contaminação seria a construção de fossas ecológicas, como Tanques de evapotranspiração (para águas do bojo) e círculos de bananeiras (para águas de lavagem), tecnologias socioambientais propostas pela permacultura e já aplicadas em residências em João Pessoa e Conde, com sucesso. A proposta deste projeto é levar esses modelos de fossas ecológicas nas residências próximas a esses poços contaminados, realizar um trabalho de aumento de conscientização em relação às questões ambientais, principalmente a contaminação de águas subterrâneas e uso dos lençóis freáticos. Nessas ações de melhoria da sensibilização para as questões ambientais, espera-se que os residentes autorizem a construção das fossas ecológicas e aceitem aprender a construí-las e auxiliem na sua construção. As fossas ecológicas permitem o tratamento dos resíduos líquidos domésticos, seja das águas cinzas, seja das negras, reaproveitando as águas residenciais na produção de alimentos. O processo é seguro e já tem pesquisas que demonstram que os frutos podem ser consumidos em segurança. Com a construção de fossas ecológicas, espera-se que diminua a contaminação do lençol freático e dessa forma, a água dos poços deixe de ser contaminada. Pretende-se num primeiro momento iniciar a construção das fossas em escolas que tenham poços, visto que servirá como aprendizado e multiplicação do saber. Este projeto dá continuidade ao projeto Probex de 2018.

Justificativa:
Geralmente as fossas sépticas construídas nas residências e em instituições públicas, como escolas, são perfuradas em baixo permitindo a saída de esgoto, de forma a não encherem. No entanto, isso permite a contaminação dos lençóis freáticos. Dessa forma, faz-se necessário agir no sentido de aplicar métodos que evitem a contaminação das águas subterrâneas por dejetos humanos, mesmo que estes sejam lançados em fossas nas residências. Santa Rita apresenta um lençol freático superficial o que favorece a contaminação por essas fossas domiciliares, sendo assim uma área proposta para a execução do projeto. 

Metodologia:
Os métodos do projeto estão divididos em 4 partes: Parte 1 - Ação de sensibilização para as questões de contaminação e qualidade de água para consumo humano. Essa parte do projeto será realizada pela equipe de pesquisa do LABEA (Laboratório de Ecologia Aquática da UFPB), quando as residências forem visitadas. Como as escolas são locais de transmissão de conhecimento e os alunos podem servir de multiplicadores da informação, tentar-se-á iniciar este projeto nas escolas. Parte 2 – Capacitação para a construção de fossas ecológicas Nesta parte tentar-se-á juntar residentes/estudantes de diversas casas/escolas em um local público, como a associação de moradores das comunidades, escolas, etc. para mostrar, com o auxílio de áudio visuais, como será a construção das fossas, seu funcionamento e os cuidados a ter, visto que são tratamentos biológicos. Serão ministradas palestras pelos professores e alunos da equipe do projeto, incentivar-se-á a participação das pessoas, incitando questionamentos para o público alvo, para garantir que não fiquem dúvidas sobre as fossas e suas construções. Parte 3 – Construção das fossas A construção das fossas será realizada sempre na presença de um elemento da equipe de pesquisa, inicialmente a coordenadora, e posteriormente o bolsista e voluntários, de maneira a garantir que as fossas sigam todos os cuidados e preceitos concebidos. As primeiras fossas construídas servirão de modelo para que os outros residentes possam ver e conferir e incentivá-los a construir ou adequar as suas fossas. Parte 4 – Análises posteriores de qualidade de água. Após a instalação de fossas ecológicas, serão realizadas análises de qualidade de água, para comparar com análises anteriores e averiguar a eficiência da mudança de fossas na qualidade da água. Tabela 1 – Métodos de análise das variáveis químicas usados nas análises de qualidade de água. VARIÁVEIS FÍSICAS E QUÍMICAS METODOLOGIA Amônia Método do fenol (CLESCERI et al., 1998) Nitrito Método colorimétrico (CLESCERI et al., 1998) Nitrato Método da coluna de cádmio (CLESCERI et al., 1998) Fosfato Método do ácido ascórbico (CLESCERI et al., 1998) pH (Potencial Hidrogeniônico) Sonda OD (Oxigênio Dissolvido) Sonda Pretende-se depois levar esses dados de volta às comunidades, de forma que entendam que com a participação de todos, foi possível melhorar a qualidade de um recurso vital, que eles mesmos utilizam, mostrando assim a relevância da gestão participativa na gestão dos recursos hídricos.

Objetivos Gerais: 
Objetiva-se com este projeto aumentar a sensibilização ambiental dos moradores da área rural de Santa Rita, para que entendam que fossas vazadas colocam em risco a qualidade da água de consumo, por ser esta oriunda de poços tubulares. Pretende-se que sejam construídas fossas ecológicas, produtivas, do tipo 'Tanques de Evapotranspiração" e "Círculos de bananeiras" e dessa forma reduzir a contaminação do lençol freático.

Resultados Esperados
Espera-se com este projeto de extensão aumentar a sensibilidade ambiental de moradores da área rural de Santa Rita, em relação ao destino dos seus resíduos líquidos e com isso mudar a sua postura, com a construção de fossas ecológicas. Espera-se também que com a realização das oficinas de construção de fossas ecológicas, as pessoas possam ser multiplicadoras desta metodologia e assim fazer com que seja disseminada pelo município.

Coordenação:MARIA CRISTINA BASILIO CRISPIM DA SILVAE-mail:ccrispim@hotmail.com

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