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Projeto Geo-Escola: o uso escolar das geotecnologias como recurso didático e pedagógico no estudo do meio ambiente

O presente projeto está direcionado a Área de Educação, principalmente voltado à formação inicial e continuada de professores de geografia. A proposta está contida na linha de Atuação "Educação de Qualidade", em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, conforme item 5.1.4 do Edital PRAC Nº 01/2019. As ações de extensão serão desenvolvidas em parceria com o Laboratório Oficina de Geografia da Paraíba (LOGEPA/CCEN/UFPB) e Laboratório de Cartografia Social (CCEN/UFPB), ambos do departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba. O projeto de extensão denominado: "Projeto Geo-Escola: o uso escolar das geotecnologias como recurso didático e pedagógico no estudo do meio ambiente" objetiva contribuir com a melhoria do ensino escolar, através da divulgação e uso dos conhecimentos produzidos no ensino superior e na escola básica, promovendo uma aproximação e interlocução entre estas duas instâncias. Na universidade atuará em parceria com os projetos de Iniciação à Docência (Prolicen), Monitoria e PIBID, dando ênfase ao curso de Licenciatura em Geografia. A contemporaneidade trouxe no seu bojo mudanças paradigmáticas, dentre elas podemos destacar a forma de comunicação, a incrementação simbólica, na qual os meios de comunicação estão intrinsecamente relacionados ao contexto do ensino-aprendizagem. A evolução tecnológica tem, cada dia mais, um papel preponderante na apreensão do conhecimento, não se pode desvincular a realidade fora da escola do aprendizado formal. No presente momento, em que as mudanças se desenvolvem com muita velocidade, o incremento de novas tecnologias à escola torna-se fundamental. A escola necessita incorporar no seu processo de ensino-aprendizagem, práticas que acompanhem esse cenário. Nesse contexto, o projeto visa colaborar com o uso de geotecnologias no ensino, por meio do trabalho contínuo de formação docente. Com o desenvolvimento de oficinas de uso de geotecnologias no ensino à docentes da rede pública e alunos do curso de licenciatura em Geografia da UFPB. O objetivo geral do projeto GEO-ESCOLA é trabalhar com o processo de formação de professores, em exercício e inicial, fazendo uso das ferramentas de geotecnologias e mapeamentos socioambientais para o estudo do meio ambiente.

Justificativa:
A ideia de criação do PROJETO GEO-ESCOLA nasceu a partir das atividades dos projetos de extensão universitária “Cartografia Escolar: contribuições na formação do professor de geografia”, desenvolvido de 2010 a 2013, e em 2014 o projeto “EDUCART: A Cartografia Escolar: o uso dos produtos do sensoriamento remoto no processo ensino-aprendizagem de geografia”, em resposta aos editais PRAC/PROBEX/UFPB. Como resultados alcançados através das atividades dos projetos de extensão universitária, podemos citar, a criação de um laboratório-oficina que recebeu o nome de LABOCARTE (Laboratório de Cartografia Escolar), situado no Departamento de Geociências (hoje integrado ao LOGEPA/CCEN/UFPB) que serviu de apoio às atividades de extensão dos projetos, com aporte de contribuição ao desenvolvimento e conclusão de diversos trabalhos exigidos ao final do curso, em nível de graduação e pós-graduação em Geografia da UFPB.

Metodologia:
Atualmente existe um número significativo de metodologias que estão sendo propostas para o ensino de Geografia e áreas afins, constantes em livros didáticos. Tais metodologias buscam propor a sensibilização de temas a partir de leituras e interpretação de imagens, mapas, e outros recursos que estejam relacionados à convivência dos estudantes. Enfatizam, também, a importância da aula de campo, pesquisas que envolvam a comunidade escolar e as localidades circunvizinhas (PINA, 2009). No PROJETO GEO-ESCOLA, será destacada a formação dos professores, considerando a concepção dialética de ciência como eixo estruturante do processo, contida na inter e multidisciplinaridade, a fim de resguardar a visão de totalidade, como elemento componente de um sistema, sem perder de vista a especificidade do lugar e suas problemáticas, fazendo sempre uma relação escalar. O desenvolvimento de oficinas de formação considerará práticas reflexivas propostas tanto na formação inicial, oferecida na UFPB com os licenciandos de Geografia, como na formação continuada, com docentes de diversas disciplinas das escolas envolvidas no projeto. A partir da realização das oficinas, será feita uma avaliação dos resultados através da elaboração de um mapa socioambiental para cada área estudada, a partir dos dados levantados em sala de aula e na visita a campo. Antes de ir para o campo, na busca de amostragem, os professores da formação, aprenderão um conjunto de ações que se inicia concomitantemente com o estudo da literatura sobre a região, observação de mapas topográficos, fotos aéreas e imagens de satélites e drones. Esse momento, no qual já se inicia o conhecimento de certa textura e padrões das imagens que potencialmente indicam características, fenômenos da região, contribuirá para os posteriores estudos do meio fluírem de uma forma mais ampla, e auxiliará à prática pedagógica em suas atividades dentro e fora da sala de aula. De acordo com Bacci, Jacobi e Santos (2013), a metodologia de mapeamento socioambiental, desenvolve-se a partir do (re)conhecimento, da percepção e identificação de problemas e conflitos na realidade socioambiental. Segundo Silva (2018), o mapa base utilizado para a produção dos mapas socioambientais deve estar na escala compatível com o estudo e a possibilidade de representação através da legenda. As informações presentes no mapa devem ser as mais objetivas possíveis para que qualquer indivíduo, independente do seu conhecimento, compreenda-o. Ainda segundo Silva (2018), a metodologia proposta através do mapeamento socioambiental, mesmo acontecendo no ambiente escolar, possui pontos em comum com outros métodos de mapeamentos e cartografias sociais realizados por outros grupos de pesquisadores brasileiros, como a metodologia de mapeamento ambiental participativo (MAP) que visa realizar “diagnósticos voltados às áreas urbanas ou periurbanas (ou seja, na interface entre áreas rurais e urbanas), na maior parte das vezes, relacionado a aspectos ambientais, à qualidade da água e gestão de recursos hídricos, porém com marcante representatividade do contexto social”. A escola, em suas diversas funções e múltiplas possibilidade se torna território fecundo à utilização de diversas plataformas tecnológicas, sendo inclusive requisitada como parte do currículo da educação básica, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que indicam, como uma das tarefas do ensino fundamental e médio, a utilização, pelos alunos, de diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos (PAZINI; MONTANHA, 2005). Outro elemento de fundamental importância que será considerado no projeto é a construção da informação por parte dos sujeitos sociais do território estudado, somado a integração do conhecimento de diversas áreas do ensino, como geografia, matemática, história, ciências e português. Trazendo a necessidade de conhecimento cotidiano por parte dos que realizarão o mapeamento socioambiental. A construção metodológica participativa tem seu início na editoração de instrumentos de coleta, como questionários, quadros e tabelas, que atendam as necessidades do mapeamento. Resultando em informações, que de forma fiel traduzam a realidade da área estudada e produzem material didático a serem utilizados na sala de aula, de forma atualizada e comprometida com a realidade dos sujeitos que a produziram. Gerando um aprendizado concreto na forma e no conteúdo, além de abrir um leque de possibilidades no processo de ensino-aprendizagem.

Objetivos Gerais: 
O objetivo geral do PROJETO GEO-ESCOLA é estimular e propiciar o uso das geotecnologias e mapeamento socioambiental como recurso didático e pedagógico no estudo do meio ambiente. Entre os objetivos específicos podemos citar: Fornecer informações e orientações sobre o uso de geotecnologias, referente ao Sensoriamento Remoto, aos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) e aos drones, em um contexto pedagógico; Discorrer como as geotecnologias e o mapeamento socioambiental, podem auxiliar os professores, dentro e fora da sala de aula, a (re)conhecerem a realidade local; Compartilhar experiências vividas, divulgar projetos e pesquisas que foram/estão sendo desenvolvidas usando tais recursos; Incentivar a criação de projetos educacionais; Elaborar propostas para a formação inicial e continuada de professores, sugerindo novas possibilidades didático-pedagógicas, a partir do estudo do meio ambiente, com base em recursos de geotecnologias; Analisar os processos e produtos resultantes das formações realizadas; Incentivar a interação das instituições de ensino fundamental e médio com as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal da Paraíba.

Resultados Esperados
Nossa expectativa é a de que essa iniciativa incentive os professores a utilizar a geotecnologia e o mapeamento socioambiental como recurso didático e pedagógico em suas aulas, e que os mesmos disseminem esse conhecimento na escola. Esperamos também concluir que ao compartilhar com os colegas os conhecimentos que adquirimos durante esses anos, tenhamos muitos ganhos que tendam a crescer à medida que formos solicitados a colaborar na elaboração de novos projetos educacionais, de ensino, pesquisa e extensão.

Coordenação:CHRISTIANNE MARIA DA SILVAE-mail:cmm_reis@yahoo.com.br

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