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Reaproveitamento do bagaço de cana de açúcar para fabricação de bioplásticos: uma alternativa na redução de microplásticos em ambientes aquáticos

Os oceanos vêm servindo de depósito para variados tipos de resíduos, entre esses, destaca-se o plástico, que pode chegar a representar 80% dos resíduos nas zonas costeiras. Na atualidade, há uma tendência para que quase todos os bens de consumo contenham, ou seja, compostos por plástico, acarretando em uma produção acelerada para atender necessidades da população. Vale ressaltar que a maior parte da população mundial vive em regiões costeiras, e é esperado que essa concentração demográfica aumente cada vez mais, e contribua ainda mais com a poluição marinha por conta de descartes inadequados de resíduos. Além disso, o grande agravante dos detritos plásticos são os microplásticos, derivados da quebra por intemperismo de macro e mesoplásticos, transformando-se em uma parte “integral” dos ecossistemas marinhos. Organizações mundiais estão dando cada vez mais atenção aos microplásticos, pois trata-se de um resíduo que ameaça toda uma fauna marinha, mas também, todo o planeta, pois os oceanos são fontes de riqueza e alimento para a população mundial, além de serem reguladores climáticos do nosso planeta. Na Conferência sobre os Oceanos, realizada em 2017, foi estabelecido que deve-se impulsionar ações de prevenção e redução da poluição marinha e, paralelamente, promover ações para o desenvolvimento de padrões de consumo e produção sustentáveis. Com isso, o projeto tem como objetivo realizar ações educativas no âmbito escolar e universitário, como também, divulgar materiais de conscientização em restaurantes e lanchonetes da cidade de João Pessoa, para estimular a redução de plásticos tradicionais. O projeto será constituído por professores e alunos vinculados ao Departamento de Química (CCEN), Departamento de Tecnologia Sucroalcooleira (CTDR) e ao Departamento de Engenharia Química e Ambiental (CT), que em reuniões agendadas farão a troca de experiências entre seus componentes permitindo a formação continuada.

Justificativa:
Segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, 25 milhões de toneladas de resíduo chegam ao mar. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais estima que o Brasil colabore com 2 milhões de toneladas do volume total de lixo oceânico. Trabalhos recentes na literatura indicam que aproximadamente metade desse resíduo que vão para os oceanos são plásticos e acabam virando microplástico por processos de quebra mecânica realizados por ações da chuva, ventos e ondas do mar que fragmentam os produtos em pequenas partículas plásticas. 

Metodologia:
O público alvo do projeto serão alunos de Rede Pública de Ensino no nível fundamental, médio e superior; como também comerciantes de restaurantes e lanchonetes da cidade de João Pessoa. As ações realizadas estão contempladas no PPC do curso de Química – CCEN – de acordo com a Resolução nº11/2006 do CONSEPE. A atuação será realizada nas instituições públicas de ensino fundamental e médio serão do tipo: palestras educacionais utilizando material de apoio didático, recursos audiovisuais abordando a temática em questão, oficinas para confecção de brinquedos utilizando garrafas PET e montagem de um espaço permanente para a observação da degradação do plástico comum e o do bioplástico. Também será elaborada uma oficina no Departamento de Química – CCEN – Universidade Federal de Pernambuco para alunos de nível superior em formato de minicurso com duração de 4 horas e consistirá em uma palestra apresentando a problemática no uso do plástico e, em seguida, a realização de um experimento para a produção de bioplásticos a partir do reaproveitamento do bagaço de cana de açúcar. Por fim, será realizado um levantamento de restaurantes e lanchonetes dentro da UFPB, a fim de promover campanhas de conscientização sobre o uso de descartáveis, tais como canudos e copos. Essa ação tem por objetivo mudar o conceito do dono e cliente do estabelecimento no uso desse material. Nessa ocasião faremos também distribuição de informativos no local sobre o projeto e divulgação do selo “diga não aos canudos”. Em todas as etapas, a equipe extensionista realizará reuniões semanais para discussão e planejamento das ações e sugestões de ideias para melhorias para o projeto.

Objetivos Gerais: 
OBJETIVO GERAL: Realizar ações educativas no âmbito escolar e universitário, como também, divulgar materiais de conscientização em restaurantes e lanchonetes da cidade de João Pessoa, para estimular a redução de plásticos tradicionais OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Confeccionar e utilizar material lúdico-didático para crianças nas escolas com abordagem educacional em não utilizar plásticos. - Confeccionar e apresentar recurso audiovisual para jovens e adolescentes nas escolas com abordagem educacional em não utilizar plásticos. - Oferecer uma oficina com uma proposta de produção de bioplásticos empregando o bagaço de cana-de-açúcar. - Confeccionar e distribuir material informativo abordando o consumo sustentável em restaurantes e lanchonetes. - Criar e divulgar de modo impresso e online do selo “diga não aos canudos”. - Elaborar e enviar o relatório final e participação no XIX Encontro de Extensão (ENEX) 2019.

Resultados Esperados
- A partir da confecção do material lúdico-didático para crianças e do recurso audiovisual para jovens e adolescentes nas escolas alcançar o objetivo do projeto na não utilização de plástico. - Mostrar através de uma oficina na produção de bioplásticos empregando o bagaço de cana-de-açúcar, a importância da vida na água e no destino inadequado de resíduos. - Obter um retorno positivo na abordagem dos comerciantes com a distribuição de material informativo sobre o consumo sustentável em restaurantes e lanchonetes. - Alcançar uma boa divulgação impressa e online do selo “diga não aos canudos”. - Publicação dos resultados em eventos científicos.

Coordenação:CLAUDIA DE OLIVEIRA CUNHAE-mail:claudiah_cunha@hotmail.com

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