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Ações socioambientais nas comunidades residentes às margens do Rio Jaguaribe

O presente projeto visa promover ações que contribuam com a área temática de Meio Ambiente, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mediante a ampliação da consciência e sensibilização sobre as questões ambientais nas comunidades do município de João Pessoa. Para tanto, serão aplicadas estratégias de mobilização e capacitação dos atores sociais participantes da execução do projeto visando à definição de ações socioambientais que contribuam para a gestão local de redução de insalubridade ambiental e poluição das águas do Rio Jaguaribe. As ações serão voltadas para dar continuidade ao atendimento das demandas prioritárias da Comunidade Tito Silva, localizada em uma área de preservação ambiental, no Bairro Miramar. Em 2019, a equipe do projeto foi agraciada com o Prêmio Elo Cidadão 2019, o que nos motiva agora a ampliar a abrangência das ações. Dessa forma, em parceria com o Instituto Voz Popular, que atua na Comunidade São Rafael e em consonância com o Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB-PB, pretende-se a expansão das ações para essa Comunidade, inserida no Bairro Castelo Branco, nas proximidades da Mata do Buraquinho. Ainda, incluir ações nas imediações, pois os impactos ambientais provocados pelos moradores dos bairros próximos atingem negativamente essas as comunidades ribeirinhas. Ao longo da realização do projeto, as pessoas serão estimuladas a conhecer, refletir e adotar ações permanentes que visem: (i) o consumo e produção responsáveis (ODS 12), envolvendo a gestão de resíduos sólidos urbanos e de resíduos químicos domésticos; (ii) água potável e saneamento (ODS 6), através da instalação de fossas ecológicas; (iii) vida na água (ODS 14), com instalação sistemas de biorremediação no Rio Jaguaribe, ações de recuperação da mata ciliar e ampliação da conscientização e sensibilização também quanto aos impactos de poluições dos rios sobre os oceanos, um problema de dimensão global; (iv) cidades e comunidades sustentáveis, mediante ações de divulgação dos resultados à Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e Ministério Público do Estado. Pretende-se, com o conjunto dessas ações, trabalhar a ideia de que ações simples e cotidianas como a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos podem contribuir, de forma imediata, com a melhora da qualidade de vida através de impactos positivos sobre a saúde e bem-estar das populações ribeirinhas. Com a participação de uma equipe interdisciplinar no projeto, composta por docentes, discentes de graduação e de pós-graduação, que possui experiência de ações em parceria com a Prefeitura Municipal e Defesa Civil, a proposta será viabilizada e executada contando o apoio de dois laboratórios de pesquisa do CCEN, o Laboratório de Automação e Instrumentação Analítica e Quimiometria (LAQA/DQ/CCEN) e o Laboratório de Ecologia Aquática (LABEA/DSE/CCEN).
A cidade de João Pessoa possui ecossistemas aquáticos urbanos como o Rio Cuiá, o Rio Timbó, o Rio Jaguaribe e o Rio do Cabelo, que sofrem impactos ambientais devido a pressões antropogênicas, as quais resultam em degradação, poluição e comprometimento da qualidade das águas. Recente estudo cartográfico realizado por pesquisadores da nossa Universidade Federal da Paraíba identificou quatro bens comuns que estão ameaçados em João Pessoa: os rios Gramame, Jaguaribe e Sanhauá e o sistema de falésias do Cabo Branco. Além disso, os pesquisadores alertaram para o risco dos corais, especialmente na praia do Seixas e Picãozinho (GOTA d’ ÁGUA, 2020). O principal impacto sobre ecossistemas aquáticos urbanos é a carga elevada de matéria orgânica, principalmente proveniente do lançamento de esgotos domésticos in natura nesses corpos hídricos, agravados pelo crescimento populacional, situação que se intensifica em bairros que não contam com saneamento básico (ARBUCKLE e DOWNING, 2001) ou por assentamentos espontâneos da população, que resultam em habitações irregulares localizadas nas suas margens (CARVALHO et al., 2017). 

           Coordenação: KATIA MESSIAS BICHINHO        E-mail: katia.bichinho@gmail.com 

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