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Desfazendo mitos: modificando a péssima visão sobre anfíbios e répteis através da divulgação científica

Apesar da grande importância ecológica, médica e farmacêutica da herpetofauna para a sociedade, apresenta-se de forma ínfima o conhecimento das pessoas sobre os animais deste grupo. Anfíbios e répteis podem ser importantes controladores de pragas vetores de doenças ao seres humanos e apresentar toxinas que podem ser utilizadas em fabricação de remédios e cosméticos. A falta de carisma da maior parte da herpetofauna faz com que esses animais sejam mortos de forma gratuita em áreas de coabitação com populações humanas. Ações educativas para desmistificar e mudar a visão das populaçõs humanas em relação a esses animais se fazem urgente, para amenizar o declínio populacional dos mesmos. Para tanto, as trilhas interpretativas e os programas de visitação do Jardim Botânico Benjamin Maranhão - JBBM apresentam-se de forma ideal para atingirmos um público variado, de diferentes faixas etárias e graus de escolaridade. Serão realizadas diferentes ações com intuito de apresentarmos a importância da herpetofauna e desfazer mitos e crendices populares, de forma que o pensamento se espalhe a longo prazo. Também utilizaremos as redes sociais para divulgação científica do presente projeto. Espera-se com isso, colaborar com a possibilidade de um ensino de qualidade, com novas ideias e com a estrutura do JBBM, modificando um pouco o pensamento comum sobre anfíbios e répteis.
A falta de conhecimento sobre o equilíbrio ecológico e o valor de cada espécie nos ecossistemas pode ser considerado um dos fatores que influenciam no modelo de uso insustentável que utilizamos hoje para os recursos naturais. Interações e conflitos entre o ser humano e outras espécies animais são bastantes comuns em ambientes urbanizados nas proximidades de áreas naturais. Espécies pouco carismáticas como os anfíbios e répteis costumam sofrer maiores prejuízos que outros grupos de animais nestas situações, o que pode acarretar em consequências graves para as populações dos mesmos (Souza & Souza, 2005; Gibbons et al., 2000). O pouco conhecimento da população em geral, somada à baixa divulgação científica por parte de setores da academia, acabam acarretando a disseminação de mitos e informações imprecisas que formam uma visão maléfica acerca das espécies da herpetofauna. Relegando ao esquecimento informações importantes sobre a importância que esses animais podem ter para a sociedade no âmbito farmacêutico, médico, ecológico e científico. A educação ambiental é uma importante ferramenta em diversas instâncias da sociedade. O desenvolvimento de ações junto a escolas, ambientes naturais com programas de visitação e nas redes sociais que contam com um grande acesso de jovens e adultos pode ser utilizado como um mecanismo importante para mudanças de mentalidade sobre temas cercados por preconceito. Desta forma, torna-se de importância vital para a conservação desses animais, o desenvolvimento de projetos que apresentem ações educacionais visando as gerações atuais e futuras. O presente projeto visa, portanto, contribuir para que ocorra um maior entendimento e conhecimento sobre a herpetofauna por parte de diferentes camadas da sociedade, para que haja uma pequena influência na formação de futuras gerações e que possam minimizar com o tempo o número de mortes sem causa justificável de animais desses grupos zoológicos. Projetos como esse são de extrema importância no desenvolvimento e formação de alunos de graduação participantes, desenvolvendo habilidade importantes para sua formação no processo ensino-aprendizagem. A formação de uma equipe de alunos de graduação, docente e técnicos de laboratório possibilitarão uma integração importante entre si, bem como entre eles e os objetivos alvos do projeto (alunos de escolas públicas, visitantes espontâneos do Jardim Botânico Benjamin Maranhão e usuários das redes sociais). Essa integração é importante para o desenvolvimento do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraiba, sendo critério de avaliação do curso por parte da Capes.

           Coordenação: FAGNER RIBEIRO DELFIM       E-mail: fagnerdelfim@gmail.com 

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