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Criação de material digital para a educação ambiental na comunidade acadêmica e demais usuários do Campus I da UFPB.

Com aproximadamente 84 ha de áreas verdes (Rosa e Rosa, 2013), atualmente o Campus I da UFPB traz consigo o convívio diário de aproximadamente 20 mil pessoas com a Mata Atlântica, entre alunos, servidores e terceirizados. Algumas das iterações humanas com a mata são positivas para a conservação, mas outras ainda não. Muitas vezes, por desconhecimento ou por tradição, as áreas verdes sofreram com a presença humana, que revelou impactos inclusive na sua biodiversidade, aonde espécies de animais e de plantas já desapareceram ou estão presentes em pequeno número (Santos, 2014). Alguns biólogos da instituição usam o termo de “floresta vazia”. Dentro deste panorama, o presente projeto pretende desenvolver uma cartilha digital para ser distribuída para a comunidade acadêmica, com o intuito de esclarecer sobre os serviços ambientais da floresta, o valor de uma espécie, um pouco sobre a cultura ambiental que se instalou na UFPB e ainda, podemos dizer sobre uma “etiqueta ambiental” esperada da sua comunidade, com relação à mata, mas também em relação ao descarte de materiais e uso do espaço. A cartilha pretende também instruir sobre a presença e eventual manejo da fauna e, nesse quesito, existe uma espécie que é bem emblemática da situação ambiental no Campus I, de animais confinados em pequenos espaços circundados pela urbe. Trata-se do bicho-preguiça (Bradypus variegatus), que por sua anatomia, comportamento e modo de vida, se tornam bastante fragilizados em encontros com humanos. Pelo grande número de encontros, se torna necessário a veiculação de algumas informações importantes sobre a biologia do bicho-preguiça, de forma que os encontros não resultem em prejuízos ou mesmo injúrias para os animais, como geralmente vem ocorrendo. O material educativo deverá ser desenvolvido em vídeo, de forma que possa ser facilmente veiculado, por ex. para os “feras” do Campus I.
O Campus I da UFPB, em João Pessoa, foi construído em remanescentes de Mata Atlântica, outrora abundantes, no presente, bem escassos. Desta forma, a UFPB ganhou o seu espaço e ao mesmo tempo se tornou a instituição responsável pelo patrimônio natural sobre seu território e, por isso mesmo, já há algum tempo vem movendo ações no sentido de sua proteção. Em 2013 foi criada a Comissão de Gestão Ambiental (CGA), que desde então organizou várias ações de gestão ambiental, como por exemplo o Trote Verde e seu monitoramento, a implantação da logística reversa, a separação e reciclagem de materiais descartados e os pontos de compostagem, só para citar alguns. Entre as frentes de atuação da CGA está o manejo das áreas verdes, aonde o presente projeto se insere, mais especificamente na área de educação ambiental para os usuários e visitantes do Campus I. Assim sendo, a proposta aqui encaminhada é bem uma conseqüência das ações da UFPB na área ambiental, com vistas a uma melhoria contínua do convívio entre humanos e os remanescentes florestais, bem como, e não menos importante, a veiculação de valores necessários para a formação do cidadão de amanhã.

       Coordenação:  TARCISIO ALVES CORDEIRO     E-mail:   tacordeiro@dse.ufpb.br 

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